O sistema de bandeiras tarifárias é um mecanismo adotado pelas concessionárias de energia no Brasil para ajustar os custos da geração de energia de acordo com as condições de produção. Ele foi implementado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) em 2015 com o objetivo de tornar o valor da conta de luz mais transparente e refletir os custos reais da produção.
Como funciona o sistema de bandeiras tarifárias
O sistema utiliza três cores – verde, amarela e vermelha – para indicar a situação da geração de energia no país e, consequentemente, o custo para o consumidor. As bandeiras são aplicadas mensalmente na fatura de energia elétrica, funcionando da seguinte maneira:
Bandeira Verde: Quando as condições de geração de energia são favoráveis, ou seja, há água suficiente nos reservatórios das hidrelétricas e os custos de produção estão controlados. Nesse caso, não há cobrança extra na conta de luz.
Bandeira Amarela: Indicada quando as condições de geração de energia começam a piorar, seja por escassez de chuvas ou por necessidade de acionar fontes de energia mais caras, como as termelétricas. Nessa situação, há um custo adicional de R$ 2,989 para cada 100 kWh consumidos (valores de referência de 2023).
Bandeira Vermelha: Indica uma situação de alerta, quando as condições de geração de energia estão bem desfavoráveis e é dividida em dois patamares.
Patamar 1: Adiciona um valor extra de R$ 4,463 a cada 100 kWh consumidos.
Patamar 2: A cobrança é ainda maior, com R$ 7,877 a cada 100 kWh.
O impacto do aumento das temperaturas nas contas de energia
Com a chegada das altas temperaturas o consumo de energia tende a aumentar significativamente. O uso prolongado de aparelhos de ar-condicionado, ventiladores, geladeiras e outros eletrodomésticos de refrigeração causa um pico de demanda, o que impacta diretamente nas contas de energia. Esse aumento de consumo pode coincidir com a ativação de bandeiras tarifárias mais caras, como a amarela ou vermelha, tornando as contas ainda mais altas.
Neste ano, a partir do dia 01/10/2024, a ANEEL estipulou a aplicação da bandeira vermelha patamar 2, que não era acionada desde agosto de 2021. Durante o mês de setembro/2024 a bandeira vermelha patamar 1 já estava em atividade.
Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica, a previsão de escassez de chuvas e clima seco com temperaturas altas motivam acionamento de térmicas, impactando os custos da operação do sistema elétrico.
A relação entre contas de energia e inadimplência
Estudos da ANEEL apontam que, em períodos de bandeira vermelha há um aumento significativo no número de inadimplentes no setor de energia elétrica, uma vez que o peso das contas de energia pode superar o orçamento de muitas pessoas, levando ao acúmulo de dívidas e interrupções no fornecimento.
O aumento no consumo de energia, combinado com o acionamento das bandeiras tarifárias, pode tornar o pagamento das contas de energia um desafio para muitas famílias e empresas. Isso aumenta o risco de inadimplência, já que os consumidores podem enfrentar dificuldades para pagar suas faturas em dia.
Horário de Pico: Quando consumir energia fica mais caro
O horário de pico, também chamado de horário de ponta, é o período do dia em que a demanda por energia elétrica atinge seu ponto mais alto. Ele ocorre geralmente entre 18h e 21h ou 17h e 22h, dependendo da região e da distribuidora. Isso acontece porque um grande número de pessoas e empresas utilizam aparelhos elétricos simultaneamente, gerando uma sobrecarga no sistema de fornecimento de energia.
Durante esse período, em que o consumo atinge seu auge, é comum que as distribuidoras precisem recorrer a fontes de energia mais caras, como as termelétricas, que utilizam combustíveis fósseis para gerar eletricidade. Essas usinas são mais caras em termos de operação, e o custo é repassado aos consumidores, resultando em tarifas mais elevadas nesse período.
Como evitar surpresas na conta de energia
Para evitar surpresas desagradáveis durante os períodos de altas temperaturas e bandeiras tarifárias elevadas, algumas estratégias podem ajudar a manter o controle:
Monitore o consumo: Use aplicativos, como Aneel Consumidor – disponível para Android e IOS, e ferramentas para acompanhar o consumo diário de energia e identificar picos.
Ajuste o ar-condicionado: Utilize o aparelho em temperaturas moderadas e prefira modelos mais eficientes.
Evite horários de pico: Sempre que possível, utilize eletrodomésticos fora dos horários de maior demanda, entre 18h e 20h.
Desligue aparelhos não utilizados: Evite o consumo desnecessário desligando aparelhos que não estão em uso.
Prefira lâmpadas de LED: As lâmpadas de LED têm maior vida útil e melhor desempenho do que as fluorescentes normais e economizam cerca de 80% de energia elétrica, em relação às incandescentes.
Consumidor Energisa pode parcelar suas contas com a Voltz
Uma conta de energia mais alta pode se tornar um problema quando o orçamento mensal não acompanha o aumento dos gastos. Por isso, o consumidor em qualquer área de concessão Energisa pode contar com a Voltz na hora de pagar e parcelar suas faturas.
Através da Voltz é possível negociar as contas de energia em atraso e a do mês vigente, sem a necessidade de um valor de entrada, com pagamento em até 12 vezes no cartão de crédito ou direto nas faturas Energisa, parcelando em até 24 vezes.
A saída para evitar a inadimplência e interrupções no fornecimento pode ser contratada de forma presencial, indo a uma agência Energisa, ou de forma digital através dos canais:
Central Pague Fácil https://paguefacil.contavoltz.com.br/login
Voltz, através do 0800 220 0 220, por telefone ou WhatsApp
Site www.energisa.com.br
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